Friday, October 27, 2006

CLAN 1904



O mesmo clube. O mesmo amor. Uma bancada diferente.
Um brinde com uma jola! ;)

Thursday, October 26, 2006

O melhor amigo do Homem

Tuesday, October 24, 2006

Frase do dia...

"Que não seja imortal posto que é chama mas que seja eterno enquanto dure"

Vinicius de Moraes

Thursday, October 19, 2006

Em equipamento que ganha não se mexe

"Sábado, 14 de Outubro

Surpreendentemente, o Benfica ganhou por 4-0 em Leiria. Para além da expressão categórica do resultado, o Benfica jogou muito bem, o que foi ainda mais surpreendente. Várias teorias logo brotaram dos espíritos incrédulos dos benfiquistas.

— Foi o losango.
— Qual losango?
— O Simão na ponta da frente, o Nuno Assis à esquerda, o Petit à direita e o Katsouranis na ponta de trás.
— Então e o Nuno Gomes e o Miccoli?
— São o chapéu do losango.
— Mas desde quando é que os losangos têm chapéu?

Alguns entraram a discutir figuras geométricas pela noite dentro. Outros explicavam o sucesso da viagem a Leiria por razões bem mais vistosas.

— Assim que os vi equipados no túnel senti que a vitória não nos iria escapar.
— Camisolas vermelhas e calções pretos, à Manchester United.
— Estavam lindos.
— Quando fomos campeões tínhamos meias pretas.
— Não podem tirar aqueles calções até ao fim do campeonato.
— Acho que os calções só funcionam com as camisolas vermelhas.
— Eu se fosse o engenheiro até os obrigava a dormir assim equipados.

Razão tinha Luís Filipe Vieira ao anunciar que a crise tinha acabado. A duas semanas das eleições, sem adversário pela frente, o presidente sabia de antemão com que cores íamos jogar em Leiria.

Terça-feira, 17 de Outubro

As primeiras imagens de Glasgow Park revelam um estádio cheio, a transbordar. É assim. Por força do seu nome, o Benfica enche casas. Sucedem-se os grandes planos de Eusébio. No Reino Unido, Eusébio é um ícone do futebol. Eusébio e Benfica juntos, em Glasgow, dois nomes, um emblema, uma cor.

Julgo não ter sido a única pessoa que gosta do Benfica a ficar desolada com o equipamento da equipa. É verdade que os calções pretos se mantiveram, mas aquelas camisolas cor-de-burro-quando-foge reveladas pelas imagens do túnel de acesso ao relvado deixavam logo prever o pior.

O Benfica é vermelho. É evidente que tem de ter um equipamento alternativo quando joga, em casa, com o Sporting de Braga e com o Desportivo das Aves, ou quando, nas competições europeias, defronta equipas da mesma cor.

Desde a sua fundação até à alvorada do marketing, o equipamento alternativo do Benfica era todo branco, como mandavam os estatutos do clube. Havia quem embirrasse com o branco, porque foi assim equipado que o Benfica perdeu as finais da Taça dos Campeões para o Milan e para o Manchester, na década de 60.

Mas essa era uma embirração de aristocratas, pouco habituados a perder.

A embirração com as camisolas desta noite de Glasgow é, essencialmente, popular. E muito justa.

Os supersticiosos não entendem por que razão se «mexeu» no equipamento.

— Em equipamento que ganha não se mexe!

Os históricos não entendem a apresentação do equipamento alternativo em Glasgow:

— Se os tipos equipam à Sporting, francamente, não havia necessidade.

Os economicistas apologistas do clube-empresa entendem tudo:

— Caramba, mas também temos de vender o equipamento alternativo!

Ao que os supersticiosos e os históricos respondem em coro:

— Mas a quem?

Antigamente, dizia-se que ao Benfica, para ganhar certos jogos, bastava mandar as camisolas.

Presentemente, os benfiquistas discutem com mais calor a cor das camisolas do que o nome dos jogadores que as envergam.

As circunstâncias assim obrigam. Limitados pelo pudor de «dizer mal» do treinador ou de questionar as razões para a intermitência com que brilham as nossas estrelas, fiquemo-nos, pois, horas a fio a discutir a cor das camisolas.

Não deixa de ser irónico e, ao mesmo tempo, perdidamente romântico.


Quarta-feira, 18 de Outubro

Avoluptuosidade da derrota na Escócia faz nascer uma corrente pró-Fernando Santos.

— Do sábado passado, em Leiria, até terça-feira, em Glasgow, produzimos um goal-average positivo de 4-3!
— É o chamado futebol-espectáculo!

Sobre a questão das camisolas também jorram contra-argumentos:

— Há 40 anos, quando jogámos lá com eles, também levámos 3 e equipámos de vermelho!


Quinta-feira, 19 de Outubro

No domingo, o Benfica joga com o Estrela da Amadora, na Luz. O Estrela está em baixo. Aliás, não podia estar mais em baixo. É o último classificado da tabela da Superliga, em seis jogos somou um empate e cinco derrotas.

De certeza que, hoje, os altos comandos benfiquistas se vão reunir com carácter de urgência para decidir a cor do equipamento da equipa. Não vá a coisa dar galo."


by Leonor Pinhão in A Bola, 19 de Outubro

Friday, October 13, 2006

Passeios



É certo que em Portugal os passeios têm outro encanto. Tantas e tantas vezes andamos em cima dele e mal nos apercebemos da arte que ali está. Mas apesar de a calçada portuguesa lhe dar uma valor superior ao que o típico passeio tem, não deixa de ter as suas falhas.

Os passeios deviam ter faixas. Tal como há nas estradas. E as pessoas deviam ter piscas. E luzes de travagem.
Quantos de nós já não "dançaram" sobre estes caminhos porque o individuo que vai à nossa frente não se decide por qual dos lados escolher?! Ou então porque o que lá vem não escolhe o mesmo lado que nós e parecemos que brincamos aos espelhos? Deviamos acabar com isto!

No manual da civilização devia existir um capítulo para este assunto com as seguintes regras:

- quando vamos em frente a alguém, cada um deve seguir o lado direito. Assim acabam-se os bailaricos com desconhecidos em plena via pública. (e não me venham dizer que isto é coisa das energias corporais de cada um... balelas)

- se por acaso necessitamos parar assim do nada, sinal traseiro com ele. É lixado quando alguém já tem pressa e ainda tem de chocar com aqueles que decidem travar a sua marcha para pensar se 2+2 é igual a 4.

- que se desenhem faixas nas pedras dos passeios. Assim cada um circula na sua e quando for preciso, pois o da frente vai em lazer e nós temos mais que fazer, pisca e ultrapasssagem pela esquerda. Como a grande maioria tem carta e conduz regularmente, sabe bem como isto funciona.

É terrível andar no meio do povão em hora de ponta e tentar descobrir qual o melhor caminho para conseguir passar toda aquela gente e chegar ao destino desejado. É este que pára, é aquele que anda aos zigue-zagues.... Basta! Vamos lutar por uns passeios melhores! Todos juntos pela liberdade nos passeios!

Tuesday, October 10, 2006

Bruno Nogueira

Ontem à noite fui informada da existência de um blog que para quem gosta só pode ser genial.
Bruno Nogueira escreve os desaforos do dia-a-dia em http://corpodormente.blogspot.com.

Aconselho vivamente que vejam o Home Video #1. Não se esqueçam de ligar as colunas ;)